O tópos da interrupção da triste obra da Morte – descida à Terra, personificada numa criatura humana e surpreendida por sentimentos humanos que de alguma forma determinam o fracasso momentâneo da sua tarefa – não nasce com o romance de Saramago, As intermitências da Morte (2005). Saramago declarou que a ideia do seu romance derivou da leitura de uma passagem de um livro de Rainer Maria Rilke, Os cadernos de Malte Laurids Brigge. O artigo procura comparar o romance-fábula saramaguiano com La morte in vacanza, uma comédia em três actos escrita pelo italiano Alberto Casella em 1923, representada com sucesso em Itália e no estrangeiro, a tal ponto que inspirou nos Estados Unidos, em 1934, o filme Death Takes a Holiday, que por sua vez foi objecto de remakes como o filme televisivo homónimo de 1971 e a película mais famosa, Meet Joe Black, de 1998.
A morte intermitente ou o problema de se apaixonar nas férias / Martines, Enrico. - (In corso di stampa).
A morte intermitente ou o problema de se apaixonar nas férias
Enrico Martines
In corso di stampa
Abstract
O tópos da interrupção da triste obra da Morte – descida à Terra, personificada numa criatura humana e surpreendida por sentimentos humanos que de alguma forma determinam o fracasso momentâneo da sua tarefa – não nasce com o romance de Saramago, As intermitências da Morte (2005). Saramago declarou que a ideia do seu romance derivou da leitura de uma passagem de um livro de Rainer Maria Rilke, Os cadernos de Malte Laurids Brigge. O artigo procura comparar o romance-fábula saramaguiano com La morte in vacanza, uma comédia em três actos escrita pelo italiano Alberto Casella em 1923, representada com sucesso em Itália e no estrangeiro, a tal ponto que inspirou nos Estados Unidos, em 1934, o filme Death Takes a Holiday, que por sua vez foi objecto de remakes como o filme televisivo homónimo de 1971 e a película mais famosa, Meet Joe Black, de 1998.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.