Em anterior volume (José Régio, il poeta di Dio e del Diavolo, Parma, MUP, 2003), Enrico Martines apresentara a edição crítico-genética de duas importante recolhas poéticas publicadas em vida pelo autor do "Cântico Negro" (Poemas de Deus e do Diabo, 1926, e Mas Deus é Grande, 1945), observando, através da análise dos respectivos materiais preparatórios, a aplicação dos processos de depuração estilística e conceptual dos poemas que, desde o primeiro rascunho, se desenvolveram com vistas à sua proposta ao público (reiterada, no caso da primeira recolha, em diversas edições revistas pelo autor). Com a presente edição, o estudioso italiano quer completar a sua incursão na oficina poética de José Régio através da proposta e do estudo do que ficou “dentro da gaveta do poeta”, por não satisfazer os seus severos critérios de exigência. O material poético reunido e analisado tem natureza dúplice: 1) em primeiro lugar, são apresentados 121 poemas publicados de forma esparsa em revistas e jornais, mas nunca reunidos em livro por Régio, tendo ficado, portanto, fora do seu cânone; a sua leitura permite a análise dos critérios e dos motivos que levaram à sua exclusão, além de sugerir a sua possível aproximação às recolhas publicadas em que, por razões cronológicas, temáticas e formais, poderiam figurar; 2) secundariamente, o volume propõe 79 textos poéticos que o autor abandonou, não os considerando, por uma razão ou por outra, dignos de serem propostos ao público, nem mesmo merecedores de um labor de ulterior acabamento. Trata-se de material que apresenta diferentes níveis de elaboração, desde poemas formados e com título até fragmentos isolados, o que põe o estudioso perante o problema do inacabamento da escrita literária e sugere uma apreciação das considerações que levaram José Régio a abandonar a expressão daqueles motivos poéticos, possivelmente desenvolvidos em outras composições publicadas. A edição é prefaciada por Ivo Castro.
José Régio: versos esparsos e inacabados / Martines, Enrico. - STAMPA. - (2016), pp. 1-496.
José Régio: versos esparsos e inacabados
MARTINES, Enrico
2016-01-01
Abstract
Em anterior volume (José Régio, il poeta di Dio e del Diavolo, Parma, MUP, 2003), Enrico Martines apresentara a edição crítico-genética de duas importante recolhas poéticas publicadas em vida pelo autor do "Cântico Negro" (Poemas de Deus e do Diabo, 1926, e Mas Deus é Grande, 1945), observando, através da análise dos respectivos materiais preparatórios, a aplicação dos processos de depuração estilística e conceptual dos poemas que, desde o primeiro rascunho, se desenvolveram com vistas à sua proposta ao público (reiterada, no caso da primeira recolha, em diversas edições revistas pelo autor). Com a presente edição, o estudioso italiano quer completar a sua incursão na oficina poética de José Régio através da proposta e do estudo do que ficou “dentro da gaveta do poeta”, por não satisfazer os seus severos critérios de exigência. O material poético reunido e analisado tem natureza dúplice: 1) em primeiro lugar, são apresentados 121 poemas publicados de forma esparsa em revistas e jornais, mas nunca reunidos em livro por Régio, tendo ficado, portanto, fora do seu cânone; a sua leitura permite a análise dos critérios e dos motivos que levaram à sua exclusão, além de sugerir a sua possível aproximação às recolhas publicadas em que, por razões cronológicas, temáticas e formais, poderiam figurar; 2) secundariamente, o volume propõe 79 textos poéticos que o autor abandonou, não os considerando, por uma razão ou por outra, dignos de serem propostos ao público, nem mesmo merecedores de um labor de ulterior acabamento. Trata-se de material que apresenta diferentes níveis de elaboração, desde poemas formados e com título até fragmentos isolados, o que põe o estudioso perante o problema do inacabamento da escrita literária e sugere uma apreciação das considerações que levaram José Régio a abandonar a expressão daqueles motivos poéticos, possivelmente desenvolvidos em outras composições publicadas. A edição é prefaciada por Ivo Castro.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.